Lamento, mas não quero ser um imperador. Não é o meu tipo ou género. Não quero criar regras, dirigir ou conquistar nada. Apenas quero ajudar toda a gente, se possível. Judeus, gentios, negros, brancos. Queremos simplesmente ajudar-nos mutuamente. Queremos conseguir a felicidade, não a miséria. Não nos queremos odiar uns aos outros. Neste mundo existe lugar para qualquer um, pois a Terra é rica e pode alimentar-nos a todos. A vida pode ser tão bela e livre... nós é que temos perdido o rumo. A avareza tem envenenado a alma humana, tem erguido barreiras de ódio, tem-nos consumido de miséria e sofrimento com uma velocidade que nos tem deixado doentes. A abundância tem-nos deixado insatisfeitos. A nossa ciência tornou-nos cínicos e desumanos. Pensamos demais mas sentimos muito pouco. Mais do que máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que inteligência, precisamos de ternura. Sem essas qualidades está tudo perdido. Sei que os homens morrem, mas a liberdade jamais. Não se entreguem mais a quem vos deprecia, a quem vos explora, a quem vos diz o que fazer e o que pensar, pois eles têm uma máquina na cabeça e no coração. No Envagelho segundo de São Lucas está escrito: "O reino de Deus está no Homem." Não é de um homem, nem de um grupo, e sim de todos. E o povo, se tem o poder de criar máquinas também pode ter o poder de criar felicidade; O poder de tornar a vida livre, bonita e convertê-la numa maravilhosa aventura. Já que estamos numa democracia, utilizemos esse poder e vamo-nos unir. Esforcemo-nos por um mundo novo, um mundo decente. Esforcemo-nos por liberar o mundo, por derrubar as barreiras nacionalistas para terminar com a violência, o ódio e a brutalidade. Esforcemo-nos por um mundo de razão, onde a ciência e o progresso nos consigam levar à felicidade.

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