Perguntemo-nos por exemplo, o que é o homem? Ora, somos aquilo que parecemos ser: máquinas. Basta consultar qualquer livro de anatomia básica. Não há nada por detrás. Esse por detrás não passa de um erro de cálculo. Foi inventado por nós numa tentativa infantil de humanizar a existência. Apesar de sabermos perfeitamente bem o que é o homem, ainda assim acreditamos que há na equação um misterioso algo mais. Continuamos a enganar-nos com a noção de profundidade do saber, que nos faz querer buscar o por detrás do mundo. Ainda mais, que nos faz acreditar que a verdadeira realidade está nesse por detrás que, exactamente por ser uma ilusão, equivale a nada.

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