De repente tudo mudou - o tom, o ambiente moral; não se sabia o que pensar, a quem escutar. Como se toda a vida tivéssemos sido levados pela mão como uma criança e de repente estivéssemos por nossa conta, tivéssemos de aprender a andar sozinhos. Não havia ninguém em redor, nem família nem pessoas cuja opinião respeitássemos. Numa altura como aquela sentíamos a necessidade de nos comprometermos com algo absoluto - vida, verdade ou beleza - ou de ser governados por isso e não pelas regras criadas pelo homem e que tinham sido desprezadas. Precisávamos de nos entregar mais profundamente a um tal objectivo extremo, mais amplamente do que alguma vez tínhamos feito nos tempos antigos e pacíficos da vida em família, na vida antiga que agora tinha sido abolida e desaparecera para sempre.

Sem comentários:

Enviar um comentário