HAMLET: Delírio? Certo como o vosso pulso brando marca o tempo de saudável música. Não, não é loucura que me fez falar. Ponde-me à prova e tudo repetirei, enquanto que a loucura logo tudo iria confundir. Não!, pelo amor de Deus, nada de ungir vossa alma com o bálsamo da lisonja! Falam as vossas culpas, não a minha loucura; Seria pele ou véu sobre úlcera aberta com a podridão oculta sempre a minar. Confessai-vos ante o Céu. Arrependei-vos do passado e evitai o mal futuro. Não adubes a má semente fazendo-a crescer. Perdoai-me a sinceridade que a virtude tem de pedir perdão ao vício neste mundo opresso de tanto engordar; Tem de, galante, pôr um joelho em terra e pedir-lhe o favor de a deixar ajudar!

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