São miúdos. São imbecis. Tudo o que sabem é que são inocentes, nunca magoariam ninguém. Quero chegar ao pé deles e dizer: "Parem, não o façam. Ela é a mulher errada, ele é o homem errado. Vão fazer coisas que jamais imaginariam fazer. Vão sofrer de maneiras que nunca ouviram falar. Vão querer morrer." Quero chegar ao pé deles, ali no pôr-do-sol tardio de Maio, e dizê-lo. Mas não o faço. Quero viver. Levo-os como os bonecos de papel macho e fêmea, e uno-os pelos quadris, como aparas de sílex, como se fosse para lhes acertar com faíscas. Digo: "Façam o que vão fazer e eu falarei sobre isso."

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